quinta-feira, 19 de maio de 2011

Pneus com plantas

Para os que ainda acreditam que precisam de vasos caros para montar um jardim incrível, mais uma ideia simples, simples.
Pneus antigos pintados com cores vivas e sobrepostos criam uma instalação original no jardim.
O que acho mais interessante é que esta pode ser uma ótima maneira de criar uma barreira física entre espaços sem ter de construir um muro, por exemplo.
A foto vem de longe, do Olivewood Gardens & Learning Center, um centro dedicado a educação ambiental nos Estados Unidos.
Só para terminar, se adoptar esta ideia não esqueça de fazer furos nos pneus na parte que fica virada para baixo para não acumular excesso de água quando regar e não apodrecer as plantas.


 Fonte : Casa e Jardim

Destralhe-se !

De: Carlos Solano

-"Bom dia, como tá a alegria"? Diz dona Francisca, minha faxineira rezadeira, que acaba de chegar.
-"Antes de dar uma benzida na casa, deixa eu te dar um abraço que preste!" e ela me apertou.
Na matemática de dona Francisca, "quatro abraços por dia dão para sobreviver; oito ajudam a nos manter vivos; 12 fazem a vida prosperar"..
Falando nisso, "vida nenhuma prospera se estiver pesada e intoxicada". 

Já ouviu falar em toxinas da casa? 

Pois são:


- Objectos que você não usa,
- Roupas que você não gosta ou não usa há um ano,
- Coisas feias,
- Coisas quebradas, lascadas ou rachadas,
- Velhas cartas, bilhetes,
- Plantas mortas ou doentes,
- Recibos, jornais, revistas, antigos,
- Remédios vencidos,
- Meias velhas, furadas,
- Sapatos estragados....

Ufa, que peso!
"O que está fora, também está dentro e afecta a saúde", aprendi isso com dona Francisca.
"Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa!", ela diz, enquanto me ajuda a 'destralhar', ou liberar as tralhas da casa...
O 'destralhamento' é a forma mais rápida de transformar a vida e ajudar as outras eventuais terapias. 

Com o destralhamento: 

- A saúde melhora;
- A criatividade cresce;
- Os relacionamentos se aprimoram....

É comum se sentir cansado, deprimido e desanimado em um ambiente cheio de entulho, pois "existem fios invisíveis que nos ligam à tudo aquilo que possuímos".


Outros possíveis efeitos do "acumulo e da bagunça":


- Sentir-se desorganizado;
- Fracassado;
- Limitado;
- Aumento de peso;
- Apegado ao passado...

No porão e no sótão, as tralhas viram sobrecarga; na entrada, restringem o fluxo da vida; empilhadas no chão, nos puxam para baixo; acima de nós, são dores de cabeça;
"Sob a cama, poluem o sono".
"Oito horas para trabalhar; oito horas para descansar; oito horas para se cuidar."

Perguntinhas úteis na hora de destralhar-se:


- Por que estou guardando isso?
- Será que tem a ver comigo hoje?
- O que vou sentir ao liberar isto?

...E vá fazendo pilhas separadas...
- Para doar!
- Para jogar fora!

Para destralhar mais:
- Livre-se de barulhos,
- Das luzes fortes,
- Das cores berrantes,
- Dos odores químicos,
- Dos revestimentos sintéticos...

  E também...


- Libere mágoas,
- Pare de fumar,
- Diminua o uso da carne,
- Termine projectos inacabados.

 
"Se deixas sair o que está em ti, o que deixas sair te salvará... Se não deixas sair o que está em ti, o que não deixas sair te destruirá",
arremata o mestre Jesus, no evangelho de Tomé.
"Acumular nos dá a sensação de permanência, apesar de a vida ser impermanente",
diz a sabedoria oriental. O Ocidente resiste a essa ideia e, assim, perde contacto com o sagrado instante presente.

Dona Francisca me conta que "as frutas nascem azedas e no pé, vão ficando docinhas com o tempo".
A gente deveria de ser assim, ela diz: "Destralhar ajuda a adocicar."

Se os sábios concordam, quem sou eu para discordar...

Os ricos roubam aos pobres


Diz-se que na reunião das Nações Unidas em Monterrey (México) sobre o financiamento ao desenvolvimento a pergunta mais pertinente foi: "o que devem os países ricos fazer pelos países pobres?"
Jeffrey Sachs, professor na Universidade de Harvard e conselheiro especial do Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, criticou violentamente o Japão por este se mostrar relutante em aumentar a sua "ajuda" ao desenvolvimento.

O Japão destina actualmente 0,28% do seu PIB à ajuda pública ao desenvolvimento, enquanto os EUA ocupam o último lugar da lista com uns modestos 0,10% do PIB.
Apesar destas insignificâncias - mais insignificantes quando comparadas com as contrapartidas exigidas a quem recebe a ajuda - a verdade é que a reunião deu para justificar muita discussão e tempo de trabalho, e salário, a centenas de políticos e especialistas em ajuda aos pobres.
Como se sabe as "ajudas" dos países ricos aos países pobres são acompanhadas de fortes condicionalismos.
O Banco Mundial (BM) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) ditam as políticas que os países pobres devem pôr em prática.
As "ajudas" são acompanhadas de condições várias desde a obrigatoriedade de o pobre comprar e vender ao rico que ajuda, passando pela cedência de recursos naturais, ou bases militares, até ao tipo de política e de investimento interno que o país pobre deve praticar.
Os países doadores são os principais vendedores de armamento e as suas ajudas determinam preferências de compra dos produtos desta indústria.
São também os países ricos quem controla, a nível mundial, os preços dos produtos vendidos pelos países pobres e deste modo fazem a drenagem desses produtos para os seus países.
Os países devedores pagam seis dólares por cada dólar que recebem de empréstimo...
Os especialistas perguntam: "O que devem os países ricos fazer pelos países pobres?"

A mim, a resposta parece-me simples: deixem de roubá-los.

terça-feira, 17 de maio de 2011

João-de-barro constroi ninho na cidade

Daniel Carbajal Solsona que vive no Uruguai fotografou todos os momentos que um casal de João-de-barros ou Forneiros, como também são chamados,  demorou a construir o seu ninho pegado a uma janela de uma casa no piso abaixo de onde ele morava.
Foram precisas 600 fotografias para mostrar todo o processo da construção do ninho.
Com o começo da obra nos finais de Setembro e a descansarem um único dia por semana, ( ao domingo ) e com 8 a 10 horas por dia de trabalho, no final de Novembro, a sua obra de arte e de verdadeira engenharia, ficou completa.

Veja uma sequência das fotos mais relevantes da incrível construção:






























Fonte: Pps” Horneros Urbanos ", de Daniel Carbajal Solsona

http://poavive.files.wordpress.com/2011/02/horneros-urbanos.pps

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Bacalhau à Gomes de Sá

Bacalhau à Gomes de Sá

Ingredientes:

500 gramas de bacalhau demolhado durante umas sete horas em várias águas.
500 gramas de batatas cozidas cortadas em cubos
2 cebolas médias
2 dentes de alho cortados em lâminas
2 ovos cozidos
250 ml de azeite
Azeitonas a gosto
Salsa picada a gosto
Sal a gosto
Pimenta a gosto

Modo de preparação:


Cozinhe o bacalhau em água, escorra, retire a pele e as espinhas. Desfaça-o em lascas grandes e separe.
Cozinhe a batata até que fique "al dente". Separe.
Cozinhe os ovos. Corte a cebola em fatias "meia lua". Pique a salsinha. Separe.
Refogue o alho em metade do azeite. Separe.
Numa panela, refogue a cebola até que comece a dourar, junte a batata e as lacas de bacalhau. Tempere com sal e pimenta, junte o alho refogado com o azeite restante, e leve ao forno para assar por 20 minutos.
Antes de servir, misture as azeitonas, sirva com os ovos e salsinha.


Rendimento: 4 porções

domingo, 15 de maio de 2011

Va Pensiero

Aconteceu no mês de Março deste ano e foi um momento inesquecível.

Riccardo Muti acabara de reger o célebre coro dos escravos, Va pensiero, do terceiro ato de Nabucco, e o público do Teatro da Ópera de Roma, aplaudia incessantemente e bradava bis!
(Cabe lembrar que, para além de sua intrínseca beleza, que é inexcedível, o VA PENSIERO foi também uma espécie de hino informal dos patriotas do Risorgimento – e daí o enorme apelo emocional que preservou entre os italianos.)

Que faz, então, Ricardo Mutti?
Volta-se para a platéia e, depois de recordar o significado patriótico do Va pensiero, pede ao público presente que o cante agora, com a orquestra e o coro do teatro, como manifestação de protesto patriótico contra a ameaça de morte contida nos planejados cortes do orçamento da Cultura.


O famoso coro "Va pensiero", da ópera Nabucco, de Verdi, representa a tristeza dos judeus subjugados pelos babilônios.
Com essa mensagem, o compositor conseguiu burlar a censura, camuflando a revolta dos italianos com a ocupação austríaca.
Nabucco é uma ópera em quatro atos de Giuseppe Verdi, com libreto de Te mistocle Solera, escrita em 1842.
Houve desde o princípio uma imediata associação entre as desgraças dos judeus no Eufrates (escravizados pelo rei Nabucodonossor da Babilônia), com os que a maioria dos italianos sofria naquele momento.
No dia da estréia da ópera Nabucco, o 9 de março de 1842, mal o coro ter encerrado o último verso (IIIª Parte, cena IV), no qual os prisioneiros pediam inspiração para resistir com coragem as aflições, a Itália sentiu que ali nascia uma versão muito própria, totalmente sua, da "Marselhesa" .
Desde então Va, pensiero,... consagrou-se como o hino da unificação italiana, enquanto o nome de Verdi circulou entre os patriotas como um anagrama (Vittorio Emmanuel Rè d'Italia).
A meta unitária afinal somente atingiu êxito dezenove anos depois, em 1861, quando o rei Vitório Emanuel II do Piemonte foi proclamado rei da Itália (Roma somente integrou-se a ele em 1871, depois da retirada das tropas francesas que protegiam o papa).
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