sábado, 22 de outubro de 2011

Biscoitos Rápidos

Esta receita de biscoitos é da minha mãe e sempre foi um sucesso entre a família.
Simples, rápida e rentável, pode-se dizer que o maior trabalho que ela dá, é no fim para arrumar a cozinha :-)
Foi também a única prenda que a minha filha pediu à avó para os anos dela já no domingo  já que estes são os seus biscoitos favoritos.
Para quem quiser experimentar aqui vai a  receita :

Biscoitos Rápidos


Ingredientes :
* 3 ovos grandes inteiros
* 125g de manteiga ou margarina amolecida
* 300g de açúcar
* 500g de farinha com fermento ( se não tiver fermento adicionado, junte uma colher de café de fermento )
* raspa de um limão

Preparação :
Bata a manteiga com o açúcar , junte os ovos inteiros e a raspa do limão e por fim adicione a farinha.
Mexa até a massa ficar bem homogénea.

Em seguida unte dois tabuleiros com margarina e polvilhe com farinha para dispor pequenas nozes da massa anterior espassadas entre si para não se pegarem umas às outras quando começarem a cozer no forno que deve estar pré-aquecido.
Depois de colocar os tabuleiros no forno fique de olho para não deixar que os biscoitos cozam muito.
O ideal é alourarem um pouco e serem retirados com um aspecto um pouco ainda amolecido porque depois secam ligeiramente cá fora.
Estes das fotos só estiveram cerca de 10 minutos no forno com a temperatura selecionada nos 180 graus.
E pronto, estes são os biscoitos rápidos.
( uma receita dá mais do triplo dos que apresento aqui )
Bom apetite !



“As crianças estão a precisar de (palmada no rabo) tapa na bunda”, diz terapeuta infantil

Para Denise Dias ( terapeuta infantil brasileira ), que lança livro favorável à adoção de formas física de punição, falta de limites cria “geração de delinquentes”


Foto: Getty Images 
"Palmada pedagógica": para Denise, ela é válida como última opção
Como explicar a uma criança a forma correta de agir? A dúvida, comum a muitas mães, divide especialistas. Mas há um ponto em que todos parecem concordar atualmente: bater para educar seria pouco eficaz e traumatizante para a criança. Poucos seguem outra linha de raciocínio. É o caso da terapeuta infantil Denise Dias, que lançou em outubro deste ano o livro “Tapa na Bunda – Como impor limites e estabelecer um relacionamento sadio com as crianças em tempos politicamente corretos” (Editora Matrix).

Desde 1998 o conselho da União Europeia está em campanha contra as palmadas. Ao todo, 22 países europeus, como Suécia, Áustria e Alemanha, criminalizaram punições físicas. Publicada em abril de 2010, uma pesquisa realizada com crianças entre três e cinco anos por cientistas da Universidade de Tulane, nos Estados Unidos, constatou que aquelas cujos pais costumavam disciplinar com tapas tinham 50% mais chances de desenvolver agressividade. No Brasil, tramita no congresso desde 2002 um projeto de lei que visa proibir as palmadas. Apoiado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por estrelas como Xuxa, o assunto ganhou notoriedade.

Com mais de dez anos atendendo crianças e adolescentes, inclusive em instituições dos Estados Unidos, Denise, no entanto, não vê problemas na adoção da palmadas educativas. “As crianças estão precisando de tapa na bunda”, diz a terapeuta. Ela vê a carência na imposição de limites às crianças como um dos principais problemas da geração atual: “virou uma bagunça tão grande que hoje nós temos uma geração de delinquentes adolescentes”. Confira a entrevista que ela concedeu ao Delas.

iG: Qual a ideia central do livro?
Denise Dias:
Eu vejo que as palmadas que os pais dão nos filhos, de vez em quando, não têm mal nenhum. “Monstrualizaram” a educação doméstica. Não se pode mais falar em tapa ou em castigo. Não se pode mais falar que os pais mandam nos filhos. Virou uma bagunça tão grande que hoje nós temos uma geração de delinquentes adolescentes. Podemos até falar que é uma geração drogada e prostituída também. A quantidade de jovens usuários de drogas só cresce ano após ano, isso não é falta de informação, é falta de limite. O que é, muitas vezes, imposto com um tapa na bunda.

iG: Qual a diferença entre palmada e agressão?
Denise Dias:
Não existe um “tapômetro” para mensurar isso quantitativamente. No Reino Unido, quando um pai é julgado (por algum tipo de agressão ao filho), eles observam se foi deixada alguma marca na criança. Esta seria uma forma mais palpável de medir.

iG: Um capítulo do seu livro fala sobre “criar monstros”. Você pode explicar essa ideia?
Denise Dias:
Em uma escada de hierarquia, onde ficam os pais? No topo. Onde ficam os filhos? Lá embaixo. Os pais possuem autoridade indiscutível perante os filhos. Para uma criança crescer saudavelmente, ela precisa de um adulto seguro que diga o que pode e o que não pode ser feito. Hoje em dia, ao invés de colocar limites, eles (os pais) estão filosofando excessivamente com as crianças. Costumo dizer que os pais ficam com “teses de doutorado”, explicando demais para uma criança de quatro, cinco anos de idade cujo cérebro não está formado adequadamente para formar abstração, formar filosofia. Por isso que um pai que mora no décimo andar não tenta explicar para a criança que ela pode cair da varanda. O que ele faz? Coloca rede em todas as janelas. É só uma criança, ela paga para ver.


Foto: Divulgação
Denise: as crianças de hoje estão pedindo limites
iG: Você acha que a palmada é a melhor forma de exercer autoridade?
Denise Dias:
Não. Acho que é uma das alternativas e, muitas vezes, é o que resolve. Tem crianças que nunca precisam levar uma palmada, a mãe olha e ela já obedece. Tem criança, no entanto, que faz alguma coisa errada e, por mais que a mãe coloque-a de castigo e tire privilégios, continua mexendo onde não deve mexer. O que adianta? O que ela está pedindo? Tapa na bunda. As crianças estão precisando de tapa na bunda.

iG: Não existem outras formas de exercer a autoridade, como saber dizer “não”?
Denise Dias:
Com certeza. Isso eu abordo com clareza no meu livro. O tapa na bunda é um último recurso, mas muitas vezes ele é necessário.

iG: Como saber quando ele é necessário?
Denise Dias:
Quando você já chamou a atenção da criança, já tentou fazê-la parar de fazer o que não deveria estar fazendo, já tentou colocar de castigo e mesmo assim ela continua. O que essa criança está pedindo? Limites. Tem criança para as quais basta dizer algo como “vai ficar sem o cinema hoje”, que ela aprende. Ela não gosta daquilo, então se comportará, em uma próxima vez, para que não aconteça de novo. Mas existem crianças que testam incansavelmente os pais. São esses adolescentes que crescem e queimam um índio, atropelam skatistas...

iG: Bater nas crianças não pode ser considerado um pouco primitivo?
Denise Dias:
De forma alguma. Uma coisa é a palmada, depois que já tiveram vários outros tipos de punições que não deram certo. Outra coisa é um pai que chega estressado do trabalho, a criança faz algo como derrubar suco na mesa, por exemplo, e o pai, na sua ignorância, lasca um tabefe na criança. São situações muito diferentes.


Foto: Divulgação
Capa do livro de Denise, "Tapa na Bunda", da Editora Matrix
iG: Qual a sua opinião sobre o projeto de lei que visa proibir a palmada?
Denise Dias:
Eu sou contra. Ele não é necessário. O Estatuto da Criança e do Adolescente já protege contra a violência. Vamos definir “violência”. A criança brasileira está prostituída na rua, está na cracolândia... A criança brasileira está chegando ao quinto ano do ensino público sem saber fazer uma conta de subtração. Isso é violência. Agora o congresso quer criminalizar uma palmada que um filho que olha para o pai e fala “cala a boca, seu idiota” toma? O pai que não coloca limites no filho está criando um monstro.

iG: O que levou você a escrever este livro agora, na contramão de diversos estudos e correntes pedagógicas que pregam justamente o fim das palmadas?
Denise Dias:
Para dizer a verdade, no meu convívio profissional o que eu mais conheço, graças a Deus, são profissionais a favor de umas palminhas para educar. Eu vinha escrevendo o livro desde 2009. Quando deu o boom sobre o assunto, por conta do projeto de lei, comecei a correr para terminar o livro.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Obsolência programada



Baterias que 'morrem' após 18 meses de ser estreadas, impressoras que bloqueiam ao chegar a um número determinado de impressões, lâmpadas que se fundem às mil horas... Porque, apesar dos avanços tecnológicos, os produtos de consumo duram cada vez menos?

O canal 2 da Televisão Espanhola e RTVE.es transmitem "Comprar, deitar fora, comprar" um documentário que nos revela o segredo: obsolescência programada, o motor da economia moderna.

Rodado em Espanha, França, Alemanha, Estados Unidos e Gana, "Comprar, deitar fora, comprar" percorre a história de uma prática empresarial que consiste na redução deliberada da vida de um produto para incrementar o seu consumo porque, como já publicava em 1928 uma influente revista de publicidade norte-americana, "um artigo que não se desgasta é uma tragédia para os negócios".

O documentário, realizado por Cosima Dannoritzer e co-produzido pela Televisão Espanhola, é o resultado de três anos de investigação, faz uso de imagens de arquivo pouco conhecidas; junta provas documentais e mostra as desastrosas consequências para o meio ambiente que derivam desta prática. Também apresenta diversos exemplos do espírito de resistência que está a crescer entre os consumidores e recolhe a análise e a opinião de economistas, desenhadores e intelectuais que propõem vias alternativas para salvar economia e meio ambiente.

UMA LÂMPADA NA ORIGEM DA OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA

Edison pôs à venda a sua primeira lâmpada em 1881. Durava 1500 horas. Em 1911 um anúncio na imprensa espanhola destacava as mais-valias duma marca de lâmpadas com uma duração certificada de 2500 horas. Porém, como se revela no documentário, em 1924 um cartel que agrupava os principais fabricantes da Europa e Estados Unidos pactuou limitar a vida útil das lâmpadas eléctricas a 1000 horas. Este cartel chamou-se Phoebus e oficialmente nunca existiu porém em "Comprar, deitar fora, comprar" é-nos mostrado o documento que supõe que seja o ponto de partida da obsolescência programada, que se aplica hoje a produtos electrónicos de última geração como impressoras ou iPods e que se aplicou também na indústria têxtil com a conseguinte desaparição das meias de vidro à prova de rasgões.

CONSUMIDORES REBELDES NA ERA DA INTERNET

Através da história da caducidade programada, o documentário pinta também um fresco da história da Economia dos últimos cem anos e aponta um dado interessante: a mudança de atitude nos consumidores graças ao uso das redes sociais e Internet. O caso dos irmãos Neistat, o do programador informático Vitaly Kiselev ou o catalão Marcos López, dão boa conta disto.

ÁFRICA, VAZADOURO ELECTRÓNICO DO PRIMEIRO MUNDO

Este "usar e deitar fora" constante tem graves consequências ambientais. Como vemos neste trabalho de investigação, países como o Gana estão a converter-se na lixeira electrónica do primeiro mundo. Ali chegam periodicamente centenas de contentores carregados de resíduos a coberto duma etiqueta que diz 'material em segunda mão' e duma suposta contribuição para reduzir o fosso digital mas que acabam por ocupar o espaço dos rios ou os campos de jogos das crianças.

Mas para além da denuncia, o documentário trata de dar visibilidade a empreendedores que põem em prática novos modelos de negócio e escuta as alternativas propostas por intelectuais como Serge Latouche, que diz empreender a revolução do 'decrescimento', da redução do consumo e a produção para liberar tempo e desenvolver outras formas de riqueza, como a amizade ou o conhecimento, que não se esgotam ao usá-las.

(Tradução livre do texto de)

SUSANA RODRÍGUEZ 04.01.2011
Filme em espanhol sem legendas mas, dá para perceber perfeitamente e, o mais importante...para medicar muito seriamente sobre o assunto.


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