sábado, 12 de março de 2011

11 Março 2011 -Terremoto e Tsunami no Japão

Na manhã do dia 11 de Março um tsunami causado por um terremoto formou ondas gigantes que invadiram algumas cidades no Japão amontoando carros, casas, barcos e devastando tudo que estava pelo caminho.
A cidade mais afetada foi Sendai, que fica ao norte do Japão, a região mais próxima do epicentro do terremoto de magnitude 8,9 na escala Richter.
As ondas que invadiram as costas das cidades carregaram carros e arrancaram edifícios como se fossem de brinquedo.
Refinarias de petróleo em Ichihara cuspiram bolas de fogo nos ares, muitos prédios também foram incendiados após os abalos.
As imagens são impressionantes.
O Japão é um país conhecido pela sua tecnologia avançada e frequentemente vemos os avanços obtidos nos mecanismos de prevenção a terremotos, mas por maiores que sejam os resultados obtidos sempre existirão prejuízos enormes, inclusive de vidas de dezenas de pessoas.
Este album mostra a grandeza da tragédia..



terça-feira, 8 de março de 2011

8 de Março - Dia da Mulher

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.

Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!


Clarice Lispector






Qualquer uma de nós não podeira ter escrito isso?
Não, não somos a Clarice. Mas, certamente, muitas, talvez todas sentimos tudo isso aí
E a Clarice faz poesia com a insanidade dos sentimentos.
Nos sentimos humanas, normais, lendo, nos identificando com ela.
Às minhas queridas amigas um brinde ao nosso dia!


Cães de Moscovo

Em Moscovo os cães podem usar o metro.


O cão aguarda na plataforma


Cães vadios são comuns a andar de metro entre o suburbio e o centro da cidade.
Esses cães apanham o metro de manhã, em direção ao centro da cidade onde tem maiores chances de conseguir comida e, ao anoitecer, eles apanham-no de volta para os suburbios onde dormem.

Especialistas que estudam estes animais descobriram que eles, inclusive, trabalham juntos para garantir descerem na estação desejada. Eles aprenderam a calcular o tempo que leva a viagem e preferem entrar nos vagões de começo ou do fim do comboio por serem mais silenciosos e menos cheios.


Cientistas acreditam que o fenomeno começou com a queda da União Sovietica e quando os complexos industriais se mudaram do centro para os suburbios.


Dr. Andrei Poiarkov, do Istitudo de Ecologia e Evolução de Moscou disse que que os cães vadios usavam os complexos industriais como abrigo e portanto tiveram que se mudar junto com as suas casas.


Mas o centro da cidade é o melhor lugar para conseguir comida e então eles aprenderam a apanhar o metro de manhã e voltar pra "casa" à noite. Igual a qualquer trabalhador.


Alguns ainda dormem uma soneca durante a viagem.


Dr. Poiarkov ainda descobriu que os cães também se divertem pulando para dentro dos vagões apenas segundos antes das portas serem fechadas, correndo risco de teram as caudas presas na porta.


Um cão cansado aproveita para descansar dentro do metro.


Os cães aprenderam também a usar as luzes de trafego para poderem atravessar as ruas sem correrem riscos.
Uma vez no centro da cidade estes cães desenvolveram uma tática para fazer com que os humanos lhes deem comida de uma maneira mais rápida.

Eles se posicionam atrás da pessoa que está a comer e a dado momento emitem um latido forte. Com o susto a pessoa deixa cair a comida no chão... (ACREDITE SE QUISER!!!!)


Com as crianças, os cães brincam, pulam, sentam e lançam olhares suplicantes e conseguem com isso dividir o lanche com elas.


Dr. Poiarkov confirma que os cães são excelentes psicólogos e sabem usar disso.
Os cães vadios de Moscovo não são os primeiros a usar os transportes publicos.


Em 2006, um Jack Russell Terrier, em Dunnington começou a usar o autocarro para ir ao pub local atrás de salsichas.


E há dois anos atrás passageiros em Wolverhampton viram abismados um gato, chamado Macavity (como o do poema de Elliot), começar a pegar o autocarro e descer na porta de um determinado pub em busca de "fish and chips" (peixe com batatas).

Recebi por mail do amigo BP.

domingo, 6 de março de 2011

Economia - Uma nova crise no petróleo ?

Economia


Uma nova crise do petróleo?

Ameaça à economia mundial é maior do que pensam os investidores

O Oriente Médio e o Norte da África produzem mais de um terço do petróleo mundial
Os preços do petróleo têm a irritante habilidade de causar explosões na economia mundial, e o Oriente Médio quase sempre foi o responsável pela faísca inicial. O embargo ao petróleo árabe em 1973, a Revolução Iraniana em 1978-79, e a invasão do Kuwait por Saddam Hussein em 1990 são lembranças dolorosas de como a inflamável mistura de geopolítica e geologia pode causar estragos. Com protestos se espalhando pelo mundo árabe, outro choque do petróleo estará a caminho?

Existem sérias razões para preocupações. O Oriente Médio e o norte da África produzem mais de um terço do petróleo mundial. Os tumultos na Líbia mostram que uma revolução pode rapidamente atrapalhar o fornecimento de petróleo. Mesmo enquanto Muammar Khadafi se mantém em sua determinação delirante, e os países ocidentais debatem a possibilidade de proibir os vôos sobre a Líbia, a produção de petróleo do país caiu pela metade com a fuga de estrangeiros do país. A disseminação dos tumultos representa uma ameaça maior ainda. A reação dos mercados foi surpreendentemente modesta. O preço do Brent cru teve um aumento de 15% com a escalada da violência na Líbia, chegando a US$ 120 no dia 24 de fevereiro. Mas a promessa de um aumento na produção da Arábia Saudita fez com que os preços voltassem a baixar, atingindo US$ 116 no dia 2 de março – 20% acima do preço no início do ano, mas longe dos recordes de 2008. A maioria dos economistas está otimista: o crescimento global pode sofrer um ou outro atraso, mas nada capaz de atrapalhar a recuperação econômica do mundo rico.

Isso mascara outros dois grandes riscos. Em primeiro lugar, uma séria crise no fornecimento de petróleo, ou mesmo o medo de que isso aconteça pode fazer com que os preços disparem. Em segundo lugar, petróleo mais caro poderia gerar inflação, que por sua vez, geraria uma repressão monetária que estrangularia a recuperação. Os estragos poderiam ser grandes dependendo do talento dos banqueiros centrais.

Ações, sauditas e estabilidade

Até agora, os choques no fornecimento foram minúsculos. A turbulência na Líbia reduziu a produção global de petróleo em um mero 1%. Em 1973, esse número chegou a 7,5%. O mercado atual do petróleo tem várias defesas. Os governos têm estoques, algo que não tinham em 1973. Reservas de petróleo comercial são mais amplas do que durante o auge dos preços em 2008. A Arábia Saudita, o banco central do mercado do petróleo, tecnicamente tem capacidade suficiente de substituir a Líbia, a Argélia, e uma série de outros pequenos produtores. E os sauditas já deixaram claro que estão prontos para assumir esse papel.

Ainda assim, mais interrupções no fornecimento ainda são uma possibilidade. A indústria do petróleo é extremamente complexa: levar o tipo certo de óleo ao lugar certo, na hora certa, é crucial. E há ainda a própria Arábia Saudita. O reino tem muitas das características que foram motivos de protestos em outros países, incluindo uma legião de jovens sem perspectiva. Apesar de gastar US$ 36 bilhões calando dissidentes, o regime repressor encara demandas por reforma. Um pequeno sinal de instabilidade já seria capaz de espalhar o pânico no mercado do petróleo.

Mesmo com interrupções no fornecimento, os preços sofrem pressão de uma segunda fonte: o declínio das reservas. Com a economia mundial crescendo com força, a demanda por petróleo está ultrapassando os aumentos na oferta disponível. Logo, qualquer distúrbio no Oriente Médio acelerará e exagerará um aumento de preços que já acontece.

Qual será o efeito disso? Há um conforto no fato de a economia mundial ser menos vulnerável aos danos da alta nos preços do petróleo do que era nos anos 1970. A produção global é menos suscetível aos problemas do petróleo. A inflação está mais baixa e os salário muito menos propensos a seguir aumentos de preços induzidos por crises energéticas, logo, os bancos centrais não terão que responder com tanta força. Mas menos vulnerabilidade não significa imunidade.

Petróleo mais caro implica em uma transferência dos consumidores do petróleo para os produtores, e, uma vez que os produtores tendem a economizar mais, isso significa uma queda na demanda global. Uma regra geral é a de que uma aumento de 10% nos preços do petróleo cortará uma de ponto percentual do crescimento global. Com a economia mundial crescendo a 4,5%, isso sugere que o preço do petróleo terá que ter um aumento impressionante, provavelmente ultrapassando seu recorde de 2008, de quase US$ 150 o barril, para derrubar a recuperação. Mas mesmo um pequeno aumento irá diminuir o crescimento e aumentar a inflação.

Choque pode levar à ação

Nos Estados Unidos, a Reserva Federal terá que fazer uma escolha relativamente fácil. A economia norte-americana é incrivelmente vulnerável, graças a seu vício em petróleo (e os baixos impostos sobre o produto). Ainda assim, a inflação é extremamente baixa e a economia tem reservas de sobra. Isso dá ao Banco Central a liberdade de ignorar um aumento súbito nos preços do petróleo. Na Europa, onde o combustível recebe impostos mais pesados, o efeito imediato do petróleo mais caro é menor. Mas os Bancos Centrais já estão mais preocupados com os aumentos: isso explica o medo que eles exagerem em suas ações preventivas, e levem as frágeis economias europeias de volta à recessão.

Já no mundo emergente, o maior risco é a falta de ação. Petróleo mais caro gerará inflação, especialmente entre os preços dos alimentos – e a alimentação ainda representa uma enorme parte dos gastos da população em países como China, Índia e Brasil. É verdade que bancos centrais vêm aumentando as taxas de juros, mas eles tendem a agir depois da hora. As condições monetárias ainda são relaxadas, a expectativa de inflação aumentou.

Infelizmente, muitos governos nos mercados emergentes tentaram controlar a inflação e reduzir a fúria popular subsidiando os preços dos alimentos e dos combustíveis. Isso não apenas reduz a sensibilidade dos consumidores para o aumento dos preços, como poderiam ser caros para os governos preocupados. E esticaria o novo orçamento otimista indiano. Mas os maiores perigos estão no próprio Oriente Médio, onde os subsídios de comida e combustível são onipresentes, e onde os políticos os estão aumentando para controlar a turbulência popular. Importadores de combustíveis, como o Egito, têm pela frente uma espiral imoral e fadada á falência, de aumentos nos preços dos combustíveis. A resposta e livrar-se desses subsídios e focar na ajuda à população mais pobre, mas nenhum líder árabe deve propor tais reformas no momento.

Na pior das hipóteses, o perigo é circular, com petróleo mais barato e incerteza política alimentando um ao outro. Ainda que isso seja evitado, as previsões a curto prazo para a economia mundial são mais incertas do que a maioria imagina. Mas pode haver um lado bom: o resto do mundo pode, no fim das contas, lidar com sua vulnerabilidade. A lista de coisas a fazer é bastante conhecida, desde investir na infraestrutura para carros elétricos até taxar emissões de carbono. A crise do petróleo de 1973 transformou a economia mundial. Talvez uma crise em 2011 faça o mesmo – por um preço menor.

Fontes: Economist - The 2011 oil shock
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