sexta-feira, 22 de julho de 2011

Peixe usa pedras como ferramenta

Quando o biólogo marinho, Scott Gardner estava a mergulhar na Grande Barreira de Coral, ouviu um som estranho.
De imediato pegou na camera e ainda foi a tempo de tirar algumas fotos duma truta-do-alto (Notolabrus inscriptus) a esmagar um pequeno molusco contra uma pedra para chegar à sua carne.

Embora os cientistas saibam há cerca de 50 anos que uma dúzia de espécies de peixes usam rochas como ferramentas, esta, foi a primeira vez que alguém testemunhou de perto e gravou o ato com uma câmera.

"Eu fiquei surpreendido apenas com a qualidade das imagens. O peixe não pareceu preocupado por alguém estar ali sentado a tirar-lhe fotografias" disse Culum Brown, um biólogo marinho da Universidade Macquarie que co-escreveu um artigo (article about the findings) sobre achados com Gardner. " É óbvio para qualquer um que veja estas fotografias que este é um peixe esperto a fazer coisas inteligentes".

O peixe quebra o berbigão (um tipo de molusco) contra a rocha, usando-a como uma bigorna, e não como um martelo, o que ainda se encaixa claramente na definição de uso de ferramenta.
Dito isso, Culum Brown, um biólogo especializado em peixe, admitiu que é complicado definir “ferramenta” para os peixes.

A definição para a identificação de animais que usam ferramentas foi escrita por primatólogos que observaram o comportamento de macacos e símios na selva.
As pistas visuais – picar coisas com uma vara, atingir algo com uma pedra, etc – não necessariamente se traduzem em ambientes subaquáticos.
Os peixes não têm mãos e não operam em um ambiente terrestre.
Por exemplo, se você tentar balançar algo debaixo d’água, terá muita resistência. E mesmo se você pegar uma rocha embaixo de água, verá que ela pesa apenas uma fração do que pesa sobre a terra.

“Então, os tipos de coisas que você vê os chimpanzés a fazerem não iriam funcionar debaixo de água”, explica Brown.
O especialista afirma, entretanto, que o peixe estava a usar a pedra o mais apropriadamente possível para o ambiente, o que demonstra inteligência.

“Obviamente, o peixe está a manipular a ferramenta de alguma forma – ele segura o berbigão de uma forma particular, e o choca contra um lugar muito particular sobre a bigorna, a parte mais pontuda. O peixe não está ‘vagando sem rumo’, simplesmente a fazer lançamentos de moluscos contra qualquer rocha; ele está a visar a ferramenta para obter o efeito máximo dela”, argumenta.

A lista de animais que demonstram um comportamento de uso de ferramentas tem crescido recentemente e já inclui até  polvos, corvos, papagaios e insetos, juntamente com primatas e golfinhos.
Brown espera que o peixe possa em breve ser considerado parte desse grupo.
“Estamos a  trabalhar na criação de uma nova definição da cognição dos peixes, e estamos a descobrir que há pouca diferença entre estes animais; eles são apenas inteligentes em coisas diferentes”, afirma.

Fonte : Life´sLitleMysteries

Conheça um pouco da história do Sushi


País-arquipélago, é do mar que o Japão retira os principais alimentos que compõem a sua cozinha. 
Os peixes, as algas e frutos estão presentes em praticamente todos os pratos da culinária japonesa. 
As terras são montanhosas e são poucos os locais onde é possível desenvolver a agricultura. 
O arroz é uma cultura de alta produção em áreas pequenas. 
O sushi é a combinação do arroz com os pescados crus. 
Apesar de parecer uma combinação estranha e exótica é, na verdade, uma combinação logicamente adaptada aos produtos regionais.

Antigamente os peixes para serem transportados para outros lugares eram conservados no arroz cozido. 

Os japoneses sabiam que o arroz liberava o ácido acético e láctico que garantiria a qualidade por mais tempo. 
A técnica também era usada pelos pescadores que ficavam pescando em alto mar, criando-se assim o sushi prensado. 
No século XVIII um cozinheiro chamado Yohei decidiu parar de utilizar o peixe fermentado e passou a oferecer algo parecido com o que conhecemos por sushi. A preparação se tornou muito popular em Osaka que na época era a capital comercial do Japão. 
Era justamente nesta cidade que se reuniam os comerciantes de arroz. 
Osaka está situada na região de Kansai e assim ficou conhecido o estilo de sushis enrolados em algas, decorados e apresentados de forma alegre e colorida. 
Já na região de Tókio o estilo era o Edo e cujo melhor exemplo é o nigirizushi, aquele bolinho de arroz coberto com o peixe sem a utilização da alga.Existem algumas histórias que dizem que as mulheres não deveriam preparar os sushis. 
Certamente elas estão ligadas ao fato da sociedade japonesa ser muito machista. 
Em meados do século XIX, começou-se a utilizar o vinagre, o wassabi e o gengibre, pois eles tinham fortes poderes antibacterianos e havia uma grande preocupação quanto a manipulação e o consumo dos peixes crus. 
Surgiram assim, os primeiros quiosques que faziam sushi no formato que conhecemos hoje.

Acreditava-se que a mulher não poderia preparar o sushi porque a sua temperatura corporal se alterava no ciclo menstrual. Desta forma, acabaria influenciando na qualidade final do sushi que é servido cru.

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