quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A Era da Imoderação

A ERA DA IMODERAÇÃO



Faz parte da natureza humana aprender a lidar com limites.
Estamos entrando numa era que alguns especialistas chamam de:

A Era da abundância,
A Era do Vazio,
A Modernidade Líquida,
A Era do excesso.

Considerando que  ”Todo sistema com abundância de um elemento leva à escassez de outro.”, podemos dizer que "A abundância de Informação leva à escassez de Atenção".

A indigestão do excesso tem suscitado três epidemias.

1 – Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)
2 – Síndrome de falta de memória
3 – A depressão

O Twitter pode ser considerado a bandeira de uma geração com déficit de atenção, tudo deve ser enquadrado em 140 caracteres.

Três sintomas devem ser considerados:

- A Falta de Atenção
- A Hiperatividade
- A Impulsividade


Os “desatentos” parecem não escutar as demais pessoas; não prestam atenção a detalhes, perdem coisas, cometem erros por falta de cuidado.

A hiperatividade envolve inquietação, dificuldade de permanecer sentado.

A impulsividade inclui dar respostas abruptas, antes das perguntas serem completadas e dificuldades para esperar a vez.

Especialistas afirmam que o déficit de atenção leva a outro conhecido sintoma da ERA DO EXCESSO : o desmemoriamento.

Neurocientistas tem sugerido que para a pergunta  "Qual a melhor maneira de cuidar da memória ?"  a resposta é fiquem calmos e se perguntem – será que isso é mesmo necessário?

Conforme o psicanalista Jorge Forbes "viver é prejudicial á saúde"
M.Rita Khel pergunta ”a que se deve a pressa do sujeito contemporâneo?"

O homem contemporâneo tem horror a tudo que possa ser considerado perda de tempo, que, para ele, é sinônimo de perda de dinheiro.

O homem de hoje não cultiva o que não possa ser abreviado.

É evidente o sentimento de mundo vazio, ou de vida vazia que decorre da supremacia da VIVÊNCIA sobre a EXPERIÊNCIA.

No livro DEVAGAR o jornalista Carl Honoré, reflete que as crianças são as maiores vitimas da ORGIA DA ACELERAÇÃO.

Não podemos, porém, ser ingênuos e acreditar que seja possível voltar atrás: a velocidade dos avanços tecnológicos tende a progredir exponencialmente, e não existe remédio para filtrar o excesso de estímulos sensoriais que nos assola.

Cada um tem que procurar seu truque, afinal passar mais tempo com os amigos, com a família, caminhar, cozinhar, meditar, fazer amor, ler ou jantar á mesa, em vez de fazê-lo em frente a TV, a simples decisão de resistir à pressão para correr é absolutamente grátis.

O caminho mais inteligente não passa por demonizar a velocidade da evolução digital.
O caminho mais inteligente é prestar atenção.
Isso faz toda a diferença e transforma completamente qualquer experiência.

Fonte :
http://www.livrariacultura.com.br/
http://www2.livrariacultura.com.br/culturanews/rc30/index2.asp?page=capa

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