O forno é um buraco aberto na terra.
Colocam-se as peças numa grelha e introduz-se na abertura.
Por baixo, fica a lenha a crepitar.
Para que os artigos cozam totalmente, põe-se, por cima da louça, uma camada de rama de pinheiro verde a arder.
Para impedir a libertação de fumos, o forno artesanal é abafado com uma camada de caruma, musgo e terra.
Aqui reside o segredo. Se não se abafasse, a louça ficava vermelha como a maioria das louças de barro que conhecemos.
Para o sucesso da cozedura são necessárias cerca de 24 horas.
As características da louça de Bisalhães permitem restabelecer os sabores tradicionais da cozinha portuguesa, na medida em que os seus materiais naturais (nem se utiliza o vidrado nem a pintura) não interferem no paladar dos alimentos.
Este pequeno resumo serve de introdução às imagens dos meus "pucarinhos".
É assim que gosto de os chamar e tenho-os não para cozinhar mas, como peças de colecção a enfeitar a cozinha.
Não tenho muitas peças.
Não viajo muito para o norte do país mas, quando algum amigo se desloca até lá e me informa que vai passar pelas imediações desta loiça, normalmente peço-lhe para me trazer mais uma peça.
Estas, são as que constituem a minha pequena colecção e tenho de as preservar bem porque já só há 4 oleiros a fabricá-las:
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