Um levantamento global da biodiversidade marinha regista seis mil novas espécies e a recuperação de organismos por projectos de conservação, além da diminuição global da fotossíntese. O resultado será apresentado na próxima semana, em Londres.
O programa mundial Census of Marine Life, fundado em 2000 para avaliar a diversidade da vida no mar, a sua distribuição e abundância, apresentará os seus resultados finais entre os dias 4 e 6 de Outubro, em Londres. Até este ano, foram realizadas mais de 540 expedições, com o apoio de 2,7 mil cientistas de mais de 80 países.
Este censo, que é o primeiro levantamento global da vida dos oceanos, também mediu alterações da vida marinha e fez uma análise histórica sobre os animais e plantas. Constatou, por exemplo, que houve uma queda no número de cores e tamanhos de organismos marinhos em relação ao que havia sido documentado antes da investigação. Também foi registada a diminuição global da quantidade de fotossíntese realizada pelo fitoplâncton próximo a superfície dos oceanos.
A nova estimativa de espécies marinhas é de 250 mil, ante as 230 mil que se conhecia anteriormente. Deste novo total, seis mil espécies encontradas são potencialmente novas, ou seja, têm descrições familiares pouco exploradas. Também foi documentada a recuperação de algumas espécies, resultado dos esforços de conservação. Para distinguir as espécies, o Censo usou códigos de barras a partir das análises de DNA.
O resultado é um enorme banco de dados sobre espécies marinhas, que será acessível ao público e ajudará - inclusive os governos - em investigações e na definição de áreas para conservação. A conferência de imprensa que apresentará mais detalhes poderá ser acompanhada ao vivo pelo site do Census of Marine Life no dia 4 de Outubro.
Nos dias 5 e 6, serão apresentados os resultados específicos de 17 projectos apoiados pelo Census of Marine Life.
Fonte: Planeta Sustentável
Veja algumas imagens desses estranhos mas também belos seres.
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