Quando o biólogo marinho, Scott Gardner estava a mergulhar na Grande Barreira de Coral, ouviu um som estranho.
De imediato pegou na camera e ainda foi a tempo de tirar algumas fotos duma truta-do-alto (Notolabrus inscriptus) a esmagar um pequeno molusco contra uma pedra para chegar à sua carne.
Embora os cientistas saibam há cerca de 50 anos que uma dúzia de espécies de peixes usam rochas como ferramentas, esta, foi a primeira vez que alguém testemunhou de perto e gravou o ato com uma câmera.
"Eu fiquei surpreendido apenas com a qualidade das imagens. O peixe não pareceu preocupado por alguém estar ali sentado a tirar-lhe fotografias" disse Culum Brown, um biólogo marinho da Universidade Macquarie que co-escreveu um artigo (article about the findings) sobre achados com Gardner. " É óbvio para qualquer um que veja estas fotografias que este é um peixe esperto a fazer coisas inteligentes".
O peixe quebra o berbigão (um tipo de molusco) contra a rocha, usando-a como uma bigorna, e não como um martelo, o que ainda se encaixa claramente na definição de uso de ferramenta.
Dito isso, Culum Brown, um biólogo especializado em peixe, admitiu que é complicado definir “ferramenta” para os peixes.
A definição para a identificação de animais que usam ferramentas foi escrita por primatólogos que observaram o comportamento de macacos e símios na selva.
As pistas visuais – picar coisas com uma vara, atingir algo com uma pedra, etc – não necessariamente se traduzem em ambientes subaquáticos.
Os peixes não têm mãos e não operam em um ambiente terrestre.
Por exemplo, se você tentar balançar algo debaixo d’água, terá muita resistência. E mesmo se você pegar uma rocha embaixo de água, verá que ela pesa apenas uma fração do que pesa sobre a terra.
“Então, os tipos de coisas que você vê os chimpanzés a fazerem não iriam funcionar debaixo de água”, explica Brown.
O especialista afirma, entretanto, que o peixe estava a usar a pedra o mais apropriadamente possível para o ambiente, o que demonstra inteligência.
“Obviamente, o peixe está a manipular a ferramenta de alguma forma – ele segura o berbigão de uma forma particular, e o choca contra um lugar muito particular sobre a bigorna, a parte mais pontuda. O peixe não está ‘vagando sem rumo’, simplesmente a fazer lançamentos de moluscos contra qualquer rocha; ele está a visar a ferramenta para obter o efeito máximo dela”, argumenta.
A lista de animais que demonstram um comportamento de uso de ferramentas tem crescido recentemente e já inclui até polvos, corvos, papagaios e insetos, juntamente com primatas e golfinhos.
Brown espera que o peixe possa em breve ser considerado parte desse grupo.
“Estamos a trabalhar na criação de uma nova definição da cognição dos peixes, e estamos a descobrir que há pouca diferença entre estes animais; eles são apenas inteligentes em coisas diferentes”, afirma.
Fonte : Life´sLitleMysteries
De imediato pegou na camera e ainda foi a tempo de tirar algumas fotos duma truta-do-alto (Notolabrus inscriptus) a esmagar um pequeno molusco contra uma pedra para chegar à sua carne.
Embora os cientistas saibam há cerca de 50 anos que uma dúzia de espécies de peixes usam rochas como ferramentas, esta, foi a primeira vez que alguém testemunhou de perto e gravou o ato com uma câmera.
"Eu fiquei surpreendido apenas com a qualidade das imagens. O peixe não pareceu preocupado por alguém estar ali sentado a tirar-lhe fotografias" disse Culum Brown, um biólogo marinho da Universidade Macquarie que co-escreveu um artigo (article about the findings) sobre achados com Gardner. " É óbvio para qualquer um que veja estas fotografias que este é um peixe esperto a fazer coisas inteligentes".
O peixe quebra o berbigão (um tipo de molusco) contra a rocha, usando-a como uma bigorna, e não como um martelo, o que ainda se encaixa claramente na definição de uso de ferramenta.
Dito isso, Culum Brown, um biólogo especializado em peixe, admitiu que é complicado definir “ferramenta” para os peixes.
A definição para a identificação de animais que usam ferramentas foi escrita por primatólogos que observaram o comportamento de macacos e símios na selva.
As pistas visuais – picar coisas com uma vara, atingir algo com uma pedra, etc – não necessariamente se traduzem em ambientes subaquáticos.
Os peixes não têm mãos e não operam em um ambiente terrestre.
Por exemplo, se você tentar balançar algo debaixo d’água, terá muita resistência. E mesmo se você pegar uma rocha embaixo de água, verá que ela pesa apenas uma fração do que pesa sobre a terra.
“Então, os tipos de coisas que você vê os chimpanzés a fazerem não iriam funcionar debaixo de água”, explica Brown.
O especialista afirma, entretanto, que o peixe estava a usar a pedra o mais apropriadamente possível para o ambiente, o que demonstra inteligência.
“Obviamente, o peixe está a manipular a ferramenta de alguma forma – ele segura o berbigão de uma forma particular, e o choca contra um lugar muito particular sobre a bigorna, a parte mais pontuda. O peixe não está ‘vagando sem rumo’, simplesmente a fazer lançamentos de moluscos contra qualquer rocha; ele está a visar a ferramenta para obter o efeito máximo dela”, argumenta.
A lista de animais que demonstram um comportamento de uso de ferramentas tem crescido recentemente e já inclui até polvos, corvos, papagaios e insetos, juntamente com primatas e golfinhos.
Brown espera que o peixe possa em breve ser considerado parte desse grupo.
“Estamos a trabalhar na criação de uma nova definição da cognição dos peixes, e estamos a descobrir que há pouca diferença entre estes animais; eles são apenas inteligentes em coisas diferentes”, afirma.
Fonte : Life´sLitleMysteries
A natureza é sabia! Gostaria de pedir seu voto para o TOP BLOG 2011, é só clicar no selinho à direita do blog e depois confirmar o voto por e-mail. Agradeço o carinho . BJ. Maria Alice
ResponderEliminarObrigada pela visita e comentário, Maria Alice.
ResponderEliminarJá votei pelo seu blog que parece muito interessante.
Fiquei a segui-la para acompanhar e poder ver melhor o que partilha por lá.
Cumprimentos e volte sempre.
Isa