Há cinquenta/sessenta anos atrás as aldeias também não tinham electricidade, nem de noite nem de dia.
*-Leio nos jornais que a moda deste ano vai ser os espartilhos e os soutiens feitos de materiais duros como a corticite.
Há cinquenta, sessenta anos atrás, as mulheres usavam espartilho.
*-Os responsáveis pela, segurança Rodoviária querem instituir a velocidade máxima nas localidades de 30 km/h.
Era isso que acontecia há cinquenta/sessenta anos atrás, quando em vez de automóveis havia, carroças nas ruas.
Já não estaremos muito longe desse futuro devido à escalada do preço do petróleo e falta de uma energia alternativa à escala mundial.
*-Também li que, devido ao aumento do preço do tabaco, já há muita gente que retomou o hábito de fumar o tabaco de enrolar, tal como era frequente há cinquenta/ sessenta anos atrás.
Devido à carestia dos transportes, já há muita gente, em Lisboa, a andar nos transportes públicos (foi o telejornal que o demonstrou, há dias).
Tal e qual como antes, há cinquenta/sessenta anos atrás, quando as pessoas iam para o emprego de cacilheiro, de autocarro, eléctrico ou de comboio.
*-Por causa do desemprego e dos cortes que os nossos embriagados governantes estão a fazer, já se vêem pessoas a fazer hortas na periferia de Lisboa, produzindo couves, batatas, feijões e cebolas, nos cantinhos abandonados das urbanizações.
Tal como faziam os seus pais e avós, há cinquenta/sessenta anos atrás.
Se querem ganhar dinheiro no futuro comecem a comprar todas as parcelas de terreno de solo arável ao redor das grandes cidades porque os custos dos transportes e do encarecimento do combustível já está a provocar um encarecimento vertiginoso dos bens alimentares.
Aliás, retoma-se actualmente o conceito de “agricultura biológica” que se fazia há cinquenta/sessenta anos atrás, antes de surgir a praga dos adubos industriais.
E andam por ai engenheiros a ensinar técnicas de compostagem que era o que se fazia, há cinquenta/sessenta anos, ao aproveitar resíduos orgânicos, chamava-se-lhe estrume.
*-Li num jornal diário e vi uma peça de noticiário da televisão que as cabras estão a ser utilizadas para prevenir os incêndios florestais, mandando-as pastar para as florestas comer aquilo que, não sendo eliminado, constitui combustível propício à deflagração dos incêndios.
Essa técnica era amplamente utilizada há cinquenta/sessenta anos atrás.
Hoje para os combatermos temos uma protecção civil a gastar milhões e com um comandante a encher os bolsos com um saco azul, segundo as últimas notícias.
O mais interessante é que tudo isto está a acontecer em nome do futuro, recuperando aquilo que havia no passado.
Como lhe chamar?
Processo? Progresso? Regresso? Ou retrocesso?
Recebi sem fonte por mail.
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